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terça-feira, 11 de agosto de 2009

O bem e o mal

Cada um de nós, carrega dentro de si a capacidade de transformar acontecimentos amorais em bem ou mal.
Isso porque somos nós quem definimos o significado das coisas a partir do olhar.
Em determinado momento, decidimos ser portadores do conhecimento do bem e do mal e foi aí que esse conhecimento se instalou como possibilidades.
Só os humanos podem interferir no que vêem, e suas produções se estabelecem como mídia que acaba influênciando a cada individuo, tal como a coletividade.
Sim, porque tudo o que fazemos, pensamos, sonhamos e queremos, sai de nossos corações e se estratifica como energia que paira sobre a Terra.
Por estarmos bem mais conectados -uns com os outros e com a natureza- do que imaginamos, acabamos sofrendo interferência em um processo que se retroalimenta em forma de cultura.
É por isso que textos bíblicos se referem a “principados” e “potestades” que dominam determinados reinos e se alimentam de nossas produções.
Olhe para o mundo, veja os problemas combinados com as caracteristicas de cada região, e verá que é assim.
Só uma mente livre e um coração que abriu mão de conter o conhecimento do bem e o mal, liberta nossos olhos do juízo que, no fim das contas, é o que determina como as coisas serão para nós.
E, sabia, assim como as coisas serão para nós, de fato serão.
Afinal de contas, antes de tudo, o bem e o mal que existe como possibilidade não está no que podemos tocar ou cheirar, mas dentro de cada um de nós.

Você consegue perceber ?
Se a gente pode optar pelo que é bom, por que escolhemos o mal ?
Se sabemos que determinadas escolhas produzirão sofrimento, por que as escolhemos ?
Já reparou que as vezes somos movidos por espírito de auto sabotagem ?
Tem horas que os caminhos interiores nos surpeendem e nos levam para perto do abismo, negociando nossa essência, flertando com a dor.
Ás vezes faço o mal que não quero e deixo de fazer o bem que eu tanto gostaria, já dizia Paulo de Tarso há tanto tempo.
Dúbios, cheios de ambiguidades, convivendo entre o sagrado e o profano.
Somos assim.
Já que não temos controle sobre a vida e frequentemente somos surpreendidos por ela, cuidemos do nosso coração.
Sábio é o homem (e mulher) que olha para si mesmo e não menospreza sua indiscutivel capacidade de fazer besteira.
Que sabe que, apesar de produzir coisas tão belas hoje, pode destruir tudo no descuido seguinte.
Felizes os que reconhecem serem indignos de méritos ou centro de grandes celebrações. De outro modo, nos tornamos arrogantes e rápidos em julgar.
No máximo, somos mensageiros, ainda que a mensagem seja nossas vidas.
Se ligados a videira, produzimos frutos, se desligados, esvaziamos.
Conscientes de nossas mazelas, só nos resta a gratidão e a sensação de que na vida, tudo é Graça.
Se é assim, caminho em paz, sabendo que, apesar de minha ambiguidade, um coração grato e um espírito humilde mantém as coisas no eixo e torna todo o dia, um dia novo.

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